Um vinho mendocino é o melhor do mundo para maridar comida chinesa. Los Andes

Um vinho mendocino é o melhor do mundo para maridar comida chinesa. Entre 1.289 amostras participantes de 23 países, o Judas Malbec de Vinícola Sottano, foi eleito o ideal para comer "Pato Pekin".

Um golpe de sorte ou o resultado de muito trabalho, dedicação e aposta pela qualidade. O segredo do êxito se explica quase sempre através de uma mistura de todas estas coisas. Assim, “Judas”,um tinto mendocino da vinícola Sottano, é o melhor vinho do mundo para acompanhar o pato laqueado ou Pato Pequin, prato emblemático da gastronomia chinesa, segundo um jurado asiático que o distingiu na Feira Internacional de Vinhos e Bebidas Alcóolicas de Hong Kong que se realizou entre 3 e 6 de novembro. “Judas”, um vinho 100% malbec de Luján de Cuyo foi eleito entre 1.289 vinhos de 23 países, incluindo a China, para acompanhar o “Pato Pekín”, algo assim como o churrasco argentino mas na China. “ Se nosso vinho emblema tem a personalidade para acompanhar um prato tão tradicional, significa que o paladar asiático vai estar preparado para interpretar o que Judas e o resto de nossos vinhos querem dar a esse consumidor”, comentou Sebastián Olalla, diretor comercial da vinícola. Em Mendoza a notícia chegou rapidamente. “ Estamos muy contentes, é como ganhar um concurso do melhor vinho para acompanhar o churrasco na Argentina. Os importadores vão a correr pedi-lo, mas este é um vinho de edição limitada com somente cerca de 8.000 garrafas por ano. Esperamos que isto o entendam e nos sirva para entrar neste mercado com outras de nossas linhas de vinhos (têm 9)”, explicou Pablo Sottano, um dos irmãos donos de uma vinícola que arrancou em 2002 e hoje fracciona não mais de 200.000 garrafas por ano. A conquista deste prêmio ganha mais força se se tem em conta que é a segunda vez que representantes da vinícola mendocina vão à China. E mais, esta viagem à feira de Hong Kong se fez sem uma agenda establecida. “Fomos com uma série de contatos que fizemos desde Mendoza para experimentar sorte e a decisão de enviar a amostra à feira se tomou juntamente com a participação em outros eventos”, recordou Pablo Sottano. Além disso, a vinícola nunca exportou seus vinhos à Ásia (hoje só vende nos E.U.A, Canadá, México, Brasil e países da América Central). “Agora vão nos tirar o vinho das mãos”, se entusiasma o empresário, quem está no comando da empresa junto a seus irmãos Diego e Mauricio.

A Argentina exportou vinhos a Hong Kong, por um valor de U$S 1,68 milhões em 2008, informou Andrew Maidment, gerente para o Reino Unido e Ásia de Wines of Argentina.Enquanto que nos primeiros nove meses de 2009 se colocaram vinhos a U$S 1,78 milhões com uma projeção de chegar a U$S 2,5 milhões em 2010. Isto somando aos U$S 4,4 milhões em vinhos que a Argentina espera vender na China para este ano. Na Feira de Hong Kong estiveram representadas 21 vinícolas argentinas e 37 vinhos argentinos foram distinguidos pelo jurí asiático com medalhas e prêmios. O distintivo desta feira é que além dos clássicos concursos de degustação e pontuação com medalhas como prêmiação, se procurou difundir a cultura do vinho nos países da Ásia associando-o à comida e aos pratos típicos. Daí a importância deste prêmio não somente para a vinícola senão para toda a produção vitivinícola de Mendoza, já que agora se vincula o Malbec não só ao tango ou à carne. Também é ideal para o Pato Pekín. Federico Manrique.

http://archivo.losandes.com.ar/notas/2009/11/7/economia-455600.asp